domingo, 12 de dezembro de 2010

Porque ficamos nervosos?

     Provavelmente você não deve ter se perguntado isso quando brigou com sua esposa ontem em casa ou quando saiu do trabalho com raiva de seu chefe, ou pior, quando foi fazer a prova do vestibular ou da auto-escola. Muitas vezes não percebemos que estamos nervosos e quando reparamos, já estamos gritando, tremendo, com enjôos ou dor de cabeça. Mas afinal, o que é o nervosismo e porque ficamos tão nervosos diante de certas situações?
     O nervosismo é uma reação emocional a vários tipos de estresse e desconforto por conta de determinadas situações ou acontecimentos. Todos nós tendemos a ficar nervosos em situações novas, desafiadoras, pressões no trabalho ou escola, mudanças, problemas familiares, ou ainda, distúrbios de ansiedade e síndrome do pânico. O responsável por essa interação do corpo com o meio externo é o sistema nervoso, ele é o centro emocional de nosso organismo. O sistema nervoso (SN) é capaz de receber, interpretar e responder a estímulos do meio, ele controla ações desde a tensão dos músculos, à respiração e batimentos cardíacos.
      Quando ficarmos nervosos, nosso sistema nervoso se abala, o que pode causar, desde calafrios, dor de cabeça, mal estar, diarréia, dor de barriga, à tremores, estados de medo e tensão, desmaios, vômitos, suores nas mãos, boca seca, aceleração dos batimentos cardíacos, sensação de frio ou calor e dificuldades de raciocínios e de concentração. O nervosismo interfere na capacidade de realizar tarefas corriqueiras, nos relacionamentos pessoais e pode alterar a alimentação (certas pessoas perdem o apetite quando estão nervosas, ou então passam a comer descontroladamente).
     A glândula hipófise é a principal responsável por alterações no organismo diante de situações nervosas. Esta glândula se localiza abaixo do cérebro, próxima a uma região denominada hipotálamo, ela produz hormônios que controlam a grande maioria das funções do organismo. O hipotálamo por sua vez é especialista em captar emoções e sentimentos mais intensos, estas emoções acabam afetando o funcionamento do hipotálamo, bem como sua relação com a hipófise, o resultado disto são doenças respiratórias, circulatórias e gastrointestinais que podem ser causadas ou agravadas por conta do nervosismo. Por isso a partir de agora, antes de ter uma crise nervosa, pare e pense, dentre outras doenças, você pode desenvolver:
- Gastrites e ulceras, são doenças extremamente ligadas ao estado emocional da pessoa, uma de suas causas é o aumento de ácido clorídrico produzido pelo estômago, seus sintomas são enjôos e dores na barriga;
- Asma e bronquites, são doenças causadas por fatores alérgicos e/ou hereditários, porém sua evolução é influenciada por fatores ligados ao sistema nervoso, o estresse agrava o quadro do paciente, seu sintoma mais notável é a dificuldade respiratória;
- Hipertensão arterial, mais conhecida como “pressão alta” é a doença provavelmente a mais sujeita a influências emocionais, ela pode ser causada por hereditariedade, obesidade, sedentarismo e ainda fumo e estresse, é caracterizada pelo aumento da pressão arterial e seus sintomas se manifestam através de dores de cabeça, tontura, cansaço e fraqueza.
- Tensão pré-menstrual, é frequentemente acompanhada de depressão e nervosismo, ocorre somente em mulheres, geralmente no período entre três e doze dias antes da menstruação, esta fase é caracterizada pelo aumento do nível de hormônios femininos, um de sues sintomas é a retenção de líquido, o que origina cansaço, mal-estar, náuseas e dores nos seios.
     Técnicas como yoga e meditação são extremamente benéficas para controlar o nervosismo. O yoga tem grande efeito no sistema nervoso, a técnica ajuda a equilibrar batimentos cardíacos, tranqüiliza a mente e acalma a respiração. A pratica de yoga e meditações diminuem o nível de hormônios responsáveis pela aceleração do organismo, dentre eles a adrenalina (em situações de estresse o nível de adrenalina no cérebro aumenta, o controle da respiração então, é importante, pois envia oxigênio e abaixa a quantidade deste hormônio no cérebro – então da próxima vez que ficar nervoso, mantenha a calma e conte até 10!!!). É normal que em situações de perigo o hormônio adrenalina seja despejado no sangue, pois esta, ajuda em nossa fuga e com tais fatos, porém depois do ocorrido, os níveis do hormônio caem, fazendo o corpo voltar ao equilíbrio. Quando a pessoa não consegue controlar sentimentos de preocupação, alerta e tensões do cotidiano, ela vive em constante estado de medo, fazendo corpo achar que está constantemente em perigo, assim, o organismo mantém constantemente um estado “acelerado”.
     Não podemos evitar o nervosismo, mas podemos fazer com que este seja menos freqüente em nossas vidas. Quando estiver ansioso, irritado ou nervoso, respire profundamente, mantenha um diálogo consigo mesmo e procure se preocupar menos com os problemas, mas se achar preciso, não hesite em procurar acompanhamento médico, um psicólogo poderá auxiliá-lo!

12 comentários:

  1. otimo artigo perfeito...obrigado me ajudou mto

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  2. Adorei, esclareceu-me imenso, obrigada. :)

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  3. O artigo deve ser bom. Só é difícil ler com esse fundo preto.

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  4. O artigo deve ser bom. Só é difícil ler com esse fundo preto.

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  5. Adorei pois ajuda e muito essas explicação agora é tentar por em prática p o nosso bem.
    Obrigada

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Adorei no momento que lia eu estava com os sintomas de dor de cabeça e enjoou, pois havia passado um tremenda stress com entrega de trabalho da facul, mas ao decorrer a leitura fui relaxando meu corpo e respirando posso dizer que me ajudou muito :) Valeuuuuuu

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